Pessoa Bonita / Blog http://www.pessoabonita.com.br Um lugar para quem quer se cuidar e crescer com sensibilidade e inteligência Wed, 26 Aug 2020 19:26:57 +0000 http://wordpress.org/?v=2.9.2 en hourly 1 APRENDENDO COM O JOSÉ… http://www.pessoabonita.com.br/?p=9667 http://www.pessoabonita.com.br/?p=9667#comments Thu, 04 Apr 2019 16:32:14 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=9667

* Por Denizi de Paula Oliveira.

Houve época em que era frequente a perda de grãos estocados em silos, no Brasil.

A cada alerta me vinha uma sensação ruim, pois eu fazia uma analogia entre o desperdício desses grãos, e o que era feito com os cérebros, no nosso país.

Considero o José, há anos porteiro no nosso prédio, um dos inúmeros exemplos desse desperdício.

Discreto e solidário, ele teve papel importante no meu longo e debilitante período de Mielite Transversa. Sempre solícito, a cada avanço nos limites dos meus movimentos, enxergava compaixão em seus olhos. Comovido, foi o primeiro a correr para dar-me um abraço, quando me viu, por meio das câmeras, caminhar firme e confiante até o carro, tal qual uma criança feliz ao exibir seus primeiros passos.

Tudo pareceria ajustado à sua função, não fosse ele dono de uma pró-atividade e habilidade invejável.

Incomodado com a altura da cadeira da guarita, fez outra com sobras de madeiras de rodapé, jogadas fora por uma vizinha.

Sem nenhuma ferramenta e lugar adequados, criou uma peça ergonômica (ajustada à sua altura), desmontável, e com muito bom acabamento.

Disse que tinha feito outras peças, com as sobras das obras de outro vizinho… Curiosa, pedi que enviasse fotos. Veja algumas!

Conclusão:

Os silos estocam os grãos.

O mundo estoca cérebros.

Os silos desperdiçavam os grãos.

O nosso país continua a desperdiçar cérebros.

Não tem como não me sentir incomodada com essa constatação, e não me empenhar para, de alguma forma, contribuir para que esse frustrante e injusto processo se reverta.

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Domicio de Paula… Colando sobre Papel http://www.pessoabonita.com.br/?p=9059 http://www.pessoabonita.com.br/?p=9059#comments Sat, 18 Nov 2017 21:41:38 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=9059 Prazer ter você aqui, reforçando as horas agradáveis compartilhadas no Café ComPaixão. Vamos começar pelo nome dado à exposição: Por que “COR, PARA QUE TE QUERO?”?

Quando me perguntaram, não racionalizei a respeito. Foi a primeira frase que me veio… O que senti vontade de pronunciar.

Há 29 anos você é portador da Síndrome de Parkinson, e sabemos o quanto ela compromete os movimentos. Isso interfere na sua produção?

Não, não interfere. Consigo me adequar, me ausentar das dificuldades. Quando estou envolvido com o meu trabalho ele se sobrepõe ao Parkinson, toda a minha energia é direcionada a ele.

E que horizontes essa mesma síndrome abre para essa produção?

Se pensamos em criar imagens alegres, visando apenas clarear um pouco mais as nossas vidas, com certeza já estaremos contribuindo para o nosso crescimento e bem estar. Eu diria que agora os meus horizontes não estão tão estreitos e distantes como me pareciam, sinto-os bem mais amplos e próximos.

Como se expressa sua produção?

Surge a inspiração inesperadamente, como manifestação totalmente espontânea. O processo criativo só se afasta quando termino um trabalho.

E de onde vem sua inspiração?

Como disse anteriormente, ela surge de maneira inesperada, e a partir daí se expressa imediatamente sobre o objeto, sem planejamento ou qualquer esboço.

Que materiais você utiliza?

Usualmente, até então, papel-cartão, papel de seda, vinil autocolante, cola branca, estilete, tesoura e caneta hidrográfica.

Você é membro ativo da APPEMA, Associação de Portadores de Parkinson. Em que medida esse engajamento influencia sua produtividade?

Com certeza a APPEMA é, atualmente, a principal fonte de energia da minha vida; é uma extensão da minha família. Minha existência passou a ter mais sentido ao me incorporar a ela.

Você também participa de um Projeto Parkinson, implantado pelo Centro Universitário U.B.M., onde, por meio de ações interdisciplinares, busca-se ampliar a qualidade de vida dos portadores dessa síndrome. O que nos diria sobre essa experiência?

Esse projeto foi elaborado por pessoas que realmente têm interesse em aprofundar conhecimentos sobre o assunto. É uma equipe claramente comprometida e envolvida com o que faz. A U.B.M., por meio de seus professores e alunos, tem nos ajudado a minimizar nossas dificuldades, melhorando substancialmente a nossa qualidade de vida. A eles só temos agradecimentos.

Vendo de perto o seu trabalho e o ambiente em que é construído, fica fácil compreender o título da exposição. Nossa gratidão por estar com a gente, Domício.

Eu também agradeço muito pela oportunidade, não apenas de expor meus trabalhos, mas também de falar um pouco sobre a APPEMA e o PROJETO PARKINSON U.B.M., iniciativas que, pela seriedade e importância, merecem ser destacadas, pois precisam inspirar e envolver mais pessoas.

Conheça os trabalhos visitando: http://www.pessoabonita.com.br/artista.php?id=85&tipo=2

Autoria da Foto:

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Entrevistando Ana Cristina Maciel http://www.pessoabonita.com.br/?p=8987 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8987#comments Thu, 17 Mar 2016 16:42:32 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8987

Obrigada, Ana Cristina, por aceitar o nosso convite e nos prestigiar com os seus belos trabalhos.

Quando e como você iniciou sua trajetória nas artes plásticas? Quais foram os fatores determinantes e as suas principais influências?

O Pessoa Bonita me parece um espaço muito bacana e democrático de divulgação artística, obrigada pelo convite!

Eu considero o início a partir dos meus 15 anos, mas desde pequena me sentava ao lado do meu irmão mais velho para desenhar. A mesa em que a minha mãe pintava seus vidros, quadros, e que vivia cheia de marca de tinta, sempre me fascinou. Aos 15 comecei a perceber que dedicava mais tempo a criar do que a qualquer outra coisa, e minha paixão era o teatro. Através dele surgiram os bonecos, que eu mesmo fazia, e o papel machê entrou de vez na minha vida. Expressam brasilidade, pois sempre admirei a cultura popular brasileira, com suas cores e sua capacidade de improvisação.

Quem chegou primeiro, a artista ou a pedagoga?

A artista, sem dúvida! Escolhi a pedagogia por já atuar como arte-educadora em projetos; foi uma escolha intencional para que me auxiliasse nas oficinas.

Em que sua experiência como artista influencia sua atuação como pedagoga, e em que sua experiência como pedagoga influencia sua atuação como artista?

Eu sempre me envolvo em projetos de arte-educação, portanto ambos têm uma importância muito grande e um permanentemente complementa o outro.

O que mais lhe encanta, os traços, as cores e/ou as formas?

Inicialmente as cores me motivavam mais que tudo, hoje percebo que meu processo valoriza mais os traços e as formas… Mas as cores exigem o seu retorno e eu me pego novamente encantada por elas… O processo é dialético.

Fale um pouco sobre suas oficinas de arte… Finalidade, público alvo, número de participantes, faixa etária, etc.

Eu me envolvi em diversos projetos de arte para públicos diversos e com uma variedade de parceiros. Atualmente me dedico mais ao meu atelier e à minha produção, mas pretendendo abrir as portas oficinas de vivências e cursos.

Que contribuições a arte oferece ao modelo educativo atual?

A arte sempre contribui, mas a maneira como é exposta por vezes pode não abranger a sua incrível potencialidade. Ela deve romper barreiras, padrões, conceitos, mexer, chacoalhar, fazer com que os nossos olhos alcancem até o que não pode ser visto, e isso é preciso constar no currículo.

Que elementos você utiliza na técnica de papel machê e que sugestões daria a quem quer aprender sobre ela?

Eu sempre levantei a bandeira para a reutilização de materiais, e na minha técnica reaproveito muitas coisas para transformar em outras. Desde o papel até as estruturas das esculturas, surgem de materiais que eu mesma coleto, a partir do meu consumo no dia a dia. Aprendo até hoje. A dica é fazer, experimentar, tentar de novo… Só a experiência de colocar a mão literalmente na massa é que nos faz dominar a técnica, que é aprimorada a cada tentativa, erro, acerto…

Que elementos costuma utilizar na técnica mista?

Eu a utilizo muito nos desenhos, misturando colagens, tinta e nanquim. Eu gosto de inventar, de unir materiais, e toda vez que inserimos mais de um elemento no desenho, denominamos de técnica mista.

Mulheres faceiras, alegres e coloridas, são muito retratadas em suas obras. Elas são reais ou foram inventadas?

Elas fazem parte do imaginário, mas com certeza algumas características, mesmo que inconscientes, são retiradas de observações. Eu sou otimista quando retrato os personagens, mas sou um pouco pessimista na vida real. Rss. Acho que o mundo e seus conceitos caminham para um colapso e retratar mulheres coloridas, meigas, alegres, me faz acreditar, mesmo que por um instante, em um mundo menos cruel.

Do que falam as suas obras e onde podemos encontra-las?

As minhas obras falam o que penso ser o que as pessoas querem ler. Acho fundamental as diversas interpretações despertadas por uma mesma obra, isso me fascina! Para mim elas falam de esperança, meio ambiente, respeito, pequenas alucinações, sonhos, flores e fé.

E quem quiser conhecer mais é só visitar o meu site: http://anacristinamaciel.com/ ou a minha página no facebook: https://www.facebook.com/anacrispapelmache

Obrigada e parabéns pelo belo trabalho, Ana Cristina! Um grande prazer ter você na nossa Galeria de Arte: http://www.pessoabonita.com.br/artista.php?id=78&tipo=2

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Sidney Gaspar: médico e fotógrafo http://www.pessoabonita.com.br/?p=8887 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8887#comments Mon, 23 Mar 2015 04:22:12 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8887 Sidney Gaspar é médico, especialista em psiquiatria e fotógrafo autodidata. Nasceu em Itapetininga, São Paulo, em 03/11/1955. Atualmente, mora em Santos, SP.

Em entrevista, com uma fluência própria de quem transformou em unidade ambas as tarefas, ele nos conta um pouco sobre o seu trajeto:

Obrigada, Sidney, por aceitar o nosso convite e estar aqui, no site, expondo os seus belos trabalhos. Como e quando teve início o seu interesse pela fotografia?

Obrigado, Denizi, por prestigiar essa parte lazer e prazer da minha vida. Esta é a primeira vez que exponho em uma galeria de arte virtual; obrigado pela oportunidade!

O meu interesse por fotografia vem desde o início da adolescência; meu pai tinha uma Kodak com fole e eu gostava de olhar pelo retângulo que servia para definir a composição das imagens.

Aos 12 anos você tirou sua primeira foto. Em que circunstância isso ocorreu? Você tem essa foto?

Durante uma visita ao parque Fernando Costa, em São Paulo, eu pedi ao meu pai para tirar uma foto onde apareciam ele, minha mãe e meu irmão. Essa foto está num álbum da minha mãe e, por ser a primeira, me parece boa. E agora, também em exposição na http://www.pessoabonita.com.br/artista.php?id=77&tipo=2

De onde vêm as suas influências? Qual a sua principal fonte inspiradora?

A natureza e a arquitetura. Durante muitos anos eu evitava fotografar pessoas; de tempos para cá não faço mais isso. Sempre gostei de fotografias com muita cor ou muito contraste e admiro alguns fotógrafos como os santistas Ernesto Papa, Tadeu Nascimento e Araquém Alcântara, o argentino Alejandro Chaskielberg e o americano Bryan Peterson, entre outros.

Em que ponto o seu olhar médico, influenciado pela psiquiatria, converge para a experiência fotográfica?

Creio que no detalhe, fundamental na medicina e na fotografia. Como psiquiatra, me acostumei a ver os detalhes do drama humano, como cada detalhe tem um sentido e como esses sentidos, assim como a fotografia, representam um momento onde um receptor (uma câmera ou uma pessoa) captam uma cena, uma informação ou uma imagem.

Como se ajustam a psiquiatria e a fotografia no seu cotidiano?

A psiquiatria me consome muito tempo, mas para qualquer lugar que eu vá eu levo meu equipamento fotográfico; costumo dizer que sou um fotógrafo acidental, passo por cenas e muitas vezes consigo fotografá-las ; não tenho muito tempo para preparar uma situação fotográfica, raras vezes faço isso.

Numa época em que o valor dos objetos tende a superar os valores humanos, o que os “detalhes” do seu olhar têm a nos dizer?

Sim, vivemos uma época em que nos sensibilizamos pouco pelo drama humano, e creio que passamos por um dos momentos em que isto se tornou gigantesco. Estamos mais frios, utilizando muita tecnologia na comunicação, mas não conseguindo escapar dos grandes dilema, como o medo da solidão, da morte, de não realizarmos os nossos sonhos, de não sermos livres ou felizes. Escuto essa dor todos os dias, tentando mostrar, aos meus pacientes, que a possibilidade do belo, da felicidade, pode vir das coisas simples, como um olhar para um pôr de sol. ou um caminhar por uma praia; mas também procuro mostrar que essa possibilidade precisa vir acompanhada de outros humanos, pois para dar sentido às nossas buscas, precisamos ser vistos, sentidos, curtidos, assim como precisamos ver, sentir e curtir o outro, o mundo que nos cerca, com todas as suas nuances. Creio que minha fotografia expressa um pouco isso; o belo em seu sentido mais amplo, que está em toda parte, nos detalhes mais simples, que precisam ser percebidos, melhor vistos e aproveitados”.

Para finalizar, uma pergunta enviada pelo fotógrafo Antônio José Moura CALINO: “A qualidade das suas fotos é excelente. Você fez algum curso de aprimoramento em qualidade de imagem, tipo photoshop, lightroom ou HDR?”

Calino, eu sou absolutamente um autodidata que aprendeu a fotografar na prática, lendo revistas especializadas, sites de fotógrafos, vendo detalhes nas fotos daqueles que vivem dessa arte, como você. É muita tentativa e erro. De uns anos para cá, tenho equipamento e lentes melhores, o que ajuda na qualidade. Só sei trabalhar com alguma desenvoltura no lightroom; aprendi vendo tutoriais na internet. No photoshop, eu não consigo fazer nada. Mas espero aprender a usá-lo, pois creio ser útil na pós-produção. Quanto ao HDR, eu programo a máquina dessa forma e bato algumas fotos. Dessas fotos na exposição, tem duas em HDR (um por do sol em Sagres e o Porto durante o dia). Gostaria muito de fazer um workshop com o Araquém Alcântara e aprender um pouco mais de composição e também algo sobre a pós-produção.

Obrigada, Sidney, mais uma vez, por nos enriquecer com o seu conjunto de obras e suas reflexões tão sensíveis.

Visite a exposição! http://www.pessoabonita.com.br/artista.php?id=77&tipo=2

]]> http://www.pessoabonita.com.br/?feed=rss2&p=8887 6 CAMISÃO: herói de dois mundos http://www.pessoabonita.com.br/?p=8972 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8972#comments Fri, 13 Feb 2015 20:08:41 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8972

CONVERSA AFORA é a nossa roda de conversa sobre temas interessantes e da atualidade. É quando, entre um café e outro, descontraidamente refinamos a nossa razão e a nossa sensibilidade.

No dia 19/02/2015, quinta-feira, às 19 horas, o assunto foi a história do livro “CAMISÃO – herói de dois mundos”, com a presença do autor, José Tarcísio Cavaliere.

Sobre o livro e o autor:

Dependendo também da embarcação, viajar pode ser um prazer ou um tormento. Como se fora para uma aula de história, o livro CAMISÃO, HERÓI DE DOIS MUNDOS, nos conduz ao sombrio período da escravidão no Brasil, embarcados na sólida sabedoria e sensibilidade do autor… Prazer garantido.

Lançado pela editora UniFOA, é o primeiro livro do médico e grande mestre, José Tarcísio Cavaliere.

Entre a realidade e a ficção, uma viagem imperdível para os que apreciam os meandros da história e se rendem ao fascínio das sutis contingências humanas. Diante dos problemas, qual a saída? Tal qual o autor, hábil na arte de encontrar soluções, CAMISÃO, o escravo protagonista, nos surpreende, ensina e encanta. Leitura que acrescenta. Vale a pena!

*Denizi de Paula Oliveira: médica, facilitadora do programa Belas Conversas, no Espaço Pessoa Bonita.

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A Noção de Certo e Errado do Lucas http://www.pessoabonita.com.br/?p=8775 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8775#comments Sun, 10 Aug 2014 02:45:51 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8775
Por *Denizi de Paula Oliveira

Lucas tem apenas seis anos de idade e uma surpreendente noção de certo e errado.

Há três anos lhe contei a história do Chapeuzinho Vermelho. Na época, influenciada pelas críticas quanto à violência embutida nos contos infantis, decidi mudar o final da narrativa. Disse que o caçador trancou a vovozinha no armário.

Após me ouvir atentamente, sem nenhuma interrupção, olhou nos meus olhos (este é um dos seus traços), e falou com firmeza: “Eu vou embora e, quando voltar, vou trazer uma faca para cortar sua boca”. Cortar a minha boca? Perguntei espantada. “Sim, porque você falou mentira; o caçador não trancou a vovozinha no armário, ele matou e comeu a vovó.”

Para ele Chapeuzinho Vermelho era apenas uma história inventada onde tudo era permitido e possível, mas falar mentira na vida real era imperdoável.

Soube que na última semana, durante uma partida de futebol, um adulto presente na sala brincou, jocosamente, com a negritude da maioria dos jogadores de um time. Ele, negro e consciente que é, não titubeou: “Você sabe, fulano, que isso que está fazendo é bullying?”

Deixou claro que a brincadeira imprópria, por ser depreciativa, resultava da ignorância e merecia um toque de alerta.

Há cerca de um mês peguei uma revista e pedi que lesse umas palavras. Não conseguiu, ficou desconcertado, deu um jeito de escapulir. Uma semana depois voltou, e como quem não quer nada olhou para uma bolsa impressa perguntando se eu sabia o que estava escrito. Devolvi a pergunta e foi precisa a resposta.

Tinha consciência da importância da leitura, correu atrás do prejuízo e em tempo recorde mostrou resultado. Agora, à vontade com as letras, já lê de carreirinha feito o Zelão da novela, confiante no próprio desempenho e todo orgulhoso de si.

Ontem sua mãe me disse que a diretora da escola a chamou para elogiar seu progresso. Está se destacando na turma, o que não me surpreende. Lucas é uma criança, dentre tantas neste país, que reforça a esperança de uma sociedade melhor, produzida com mais qualidade.

Creio que se nós facilitarmos, ou não atrapalharmos demais, pode até acontecer rapidinho. Tomara!

*Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas, no Espaço Pessoa Bonita

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O Medo do Apego ou A Escolha de Serelepe http://www.pessoabonita.com.br/?p=8797 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8797#comments Tue, 05 Aug 2014 03:30:20 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8797

Por *Denizi de Paula Oliveira

E lá se foi “Meu Pedacinho de Chão”, novela de Benedito Ruy Barbosa exibida pela Rede Globo até o final da última semana. Histórias lembrando fábulas, cenários lúdicos, personagens encantadores e atuações impecáveis, deixarão saudades.

Dentre as histórias, a de Serelepe, um molequinho astuto que durante toda a trama não sabíamos de onde veio, de quem era filho e muito menos para onde iria. Serelepe era a representação do desapego. Tanto que no penúltimo capítulo, após ser convidado para morar na casa da Pituca, sua melhor amiga e membro da família mais influente e rica da cidade, decidiu fugir e explicou o motivo: “Se eu ficá mais tempo vivendo aqui, doutô Ferdinando, eu vô sofrê mais.”

Conversando com mãe Benta, Zelão diz que Serelepe foi ingrato. Ela responde que não, que ele fugiu foi de medo, isso sim. Medo de se apegar e sofrer, já que estava naquela casa apenas como convidado. Se ele continuasse lá, sem ser adotado, um dia poderia ter que sair, e aí sofreria demais. Por medo do sofrimento preferiu não se apegar, por isso optou pela fuga.

No decorrer da vida, quantas/os de nós, pelo mesmo motivo, agem assim como o Serelepe? Foi o que perguntava a mim mesma, atenta ao recado da fábula, mesclado à magia das cenas.

*Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas no Espaço Pessoa Bonita.

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Matias / Tikinho Cello http://www.pessoabonita.com.br/?p=8782 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8782#comments Wed, 16 Jul 2014 02:55:44 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8782

Matias, ou Tikinho Cello, violoncelista, tem 18 anos e é membro da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa – http://www.osbm.org/. Na última quinta-feira, após mais uma exibição, em momento de refinada sensibilidade escreveu o texto abaixo. Lendo, entende-se o crescente sucesso da orquestra.

“Arcos para cima, arcos para baixo; expressões faciais, corporais.
E um fio de sentimento começa a ser acrescentado; um grande bailado ocorre quando nos percebemos completamente entregues às asas do grande espetáculo.

5ª Sinfonia de Tchaikovsky

Ao final, o sabor da música que nem o paladar mais apurado, expressa o gosto.
A missão foi cumprida, e o sorriso nos cantos da boca revela: que honra poder interpretar mais essa dádiva!

Concerto hoje foi muito bom! Bravo!!!”

* Ele também faz parte do quarteto de violoncelo LA VOLUTA, que ensaia e participa do programa Belas conversas no Espaço Pessoa Bonita.

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Bolo na Marmita http://www.pessoabonita.com.br/?p=8763 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8763#comments Thu, 19 Jun 2014 02:03:33 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8763

Imagine um presente diferente, feito e embalado por você. Algo assim como um bolo bem gostoso dentro de uma marmitinha charmosa. Quem resiste?

Receita do Bolo/Broa da amiga Nena

Ingredientes:

03 ovos
01 copo e meio de açúcar.
Um pouco mais de meio copo de óleo.
01 copo de farinha de trigo.
01 copo de fubá.
01 colher das de sopa de fermento.
01 copo de leite

Referência do copo: pequeno, de 200 ml.

Preparo:

Bata bem as claras em neve e em seguida misture com as gemas. Acrescente o açúcar e o óleo e misture bem.
Misture separadamente a farinha de trigo, o fubá e o fermento. Acrescente aos poucos à mistura anterior e vá batendo, até ficar homogêneo.
Finalmente acrescente o copo de leite fervendo (é importante que esteja assim). Fica meio mole, não se preocupe, é assim mesmo.
Forre inteiramente o fundo de um tabuleiro retangular (23 cm x 34 cm, mais ou menos) com fatias de banana d’água. Leve para assar em forno pré-aquecido em torno de 200º.
Ainda morno e no tabuleiro, polvilhe com açúcar e canela na mesma proporção.
Deixe esfriar, corte em pedaços, coloque dentro de uma marmitinha (que você compra em lojas que vendem artigos de festas) customizada como a da foto e presenteie com ela uma ou mais pessoas muito queridas.
Cuidado especial: durante o preparo, assim como o forno, também o seu coração deve estar bem aquecido… Eis aí o segredo!

Sobre a amiga Nena? Veja lá na http://www.pessoabonita.com.br/?p=2721

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Kit Dodói http://www.pessoabonita.com.br/?p=8760 http://www.pessoabonita.com.br/?p=8760#comments Sat, 14 Jun 2014 01:59:11 +0000 Denizi http://www.pessoabonita.com.br/?p=8760 Vai visitar a amiga ou o amigo de molho e quer fazer um agrado? Experimente levar um kit dodói, com balinhas para a garganta, lenço de papel e outros itens afins acomodados em uma xícara bem linda. Tiro e queda! Fonte: internet.

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