• A parte mais difícil desse ponto a ponto, o grande nó no trajeto, veio com a migração da tecnologia química (analógica) para a digital.

    Na primeira fase, em que atuou e pesquisou por mais de 40 anos, todo o processo era baseado em operações químicas.

    O filme era coberto com halogeneto de prata, sensível à luz, que por um  processo químico à base de metol, hidroquinona, sulfito de sódio, brometo, etc, fazia a imagem “latente†ser revelada e transformada em negativo.

    Nesta condição, por outro processo químico, era revelada em papel impregnado por substâncias sensíveis, transformando-se, finalmente, em fotografia.

    Assim foi até que surgiu a tecnologia digital, em que famosos filmes importados dos Estados Unidos (Kodak), do Japão (Fuji), da Alemanha (Agfa), da Inglaterra (Ilford) e outros países, foram substituídos por algo chamado CARTÃO MEMÓRIA, com a capacidade de armazenar não apenas as 12 ou 36 fotos que caberiam dentro de um rolo de filme, mas 100, 200, 400 ou até mais de 1000 fotos.

    Só que essas imagens armazenadas de vez em quando “desapareciam”, pois os cartões memórias estavam sujeitos a “perder a memória”, ou seja, corria-se o risco de perder parte ou a totalidade de um trabalho realizado.

    Incentivados pela mídia, os clientes começaram a pressionar para que os fotógrafos aderissem à nova tecnologia.

    Assim, profissional maduro, e já consagrado, precisou, como um principiante, mergulhar em um novo processo de aprendizagem, necessário à absorção do novo paradigma. Era como se tudo o que soubesse já não tivesse qualquer valor. Foi uma transição lenta e dolorosa, nada fácil… Muita ansiedade, medo, dúvidas, insegurança, foram acionados nessa migração.

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