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  • O Medo do Apego ou A Escolha de Serelepe

    Data: 05/08/2014 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    E lá se foi “Meu Pedacinho de Chão”, novela de Benedito Ruy Barbosa exibida pela Rede Globo até o final da última semana. Histórias lembrando fábulas, cenários lúdicos, personagens encantadores e atuações impecáveis, deixarão saudades.

    Dentre as histórias, a de Serelepe, um molequinho astuto que durante toda a trama não sabíamos de onde veio, de quem era filho e muito menos para onde iria. Serelepe era a representação do desapego. Tanto que no penúltimo capítulo, após ser convidado para morar na casa da Pituca, sua melhor amiga e membro da família mais influente e rica da cidade, decidiu fugir e explicou o motivo: “Se eu ficá mais tempo vivendo aqui, doutô Ferdinando, eu vô sofrê mais.”

    Conversando com mãe Benta, Zelão diz que Serelepe foi ingrato. Ela responde que não, que ele fugiu foi de medo, isso sim. Medo de se apegar e sofrer, já que estava naquela casa apenas como convidado. Se ele continuasse lá, sem ser adotado, um dia poderia ter que sair, e aí sofreria demais. Por medo do sofrimento preferiu não se apegar, por isso optou pela fuga.

    No decorrer da vida, quantas/os de nós, pelo mesmo motivo, agem assim como o Serelepe? Foi o que perguntava a mim mesma, atenta ao recado da fábula, mesclado à magia das cenas.

    *Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas no Espaço Pessoa Bonita.

  • O país que fazemos é o país que queremos?

    Data: 12/05/2014 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    Circulando pela “Cultura Literal” me deparei com um artigo, escrito por Rafael Araujo, em que aborda o episódio recente da mulher espancada até a morte. Nele, critica os meios de comunicação de massa por associarem o absurdo da prática ao fato da mulher ser inocente, e não ao fato de pessoas insanas decidirem fazer justiça com as próprias mãos. Prestam um desserviço à humanidade, ele diz, quando reforçam ideias danosas, como a de que o Estado e as Instituições são inúteis.https://www.facebook.com/rafael.araujo.146612/posts/10202857432734503

    Por enfatizar a importância do Estado e das Instituições, acabei refletindo mais sobre isso.

    Quase nenhum dos sistemas públicos no nosso país funciona com eficácia, seja de educação, saúde, segurança, legislativo… Judiciário. E é exatamente por não serem inúteis, mas imprescindíveis, que precisariam funcionar bem, e com total qualidade.

    Mas, quem opera boa parte desses sistemas são pessoas que, direta ou indiretamente, colocamos lá. Parece incrível, mas elegemos nossos representantes e não acompanhamos o que fazem com o poder concedido. Votamos e “lavamos as mãos”, como se a administração do país não exigisse a nossa vigilância e responsabilidade. É como contratar alguém para cuidar da nossa casa e deixá-la, mesmo que nos cause enormes prejuízos, livre para gastar e executar os serviços como bem entende.

    Trata-se de uma sequência integrada de falhas, culminando em um processo corrosivo e vicioso: educação deficiente, dificuldade em assimilar e articular informações, senso crítico mal elaborado, escolhas equivocadas, práticas desastrosas, consequências também.

    O fato é que o Estado e as Instituições públicas existem para serem úteis, e se não cumprem com esse dever contribuem, sim, para que o caos se instale. Também é indiscutível que precisamos votar com mais consciência, acompanhar as ações dos eleitos e estar atentos a tudo que possam gerar, de bom ou ruim, aos sistemas e instituições que nos servem. Se não cumprimos bem com o nosso dever, somos coautores do caos, e arcamos com as consequências.

    As histórias de violência crescem e são cada vez mais dramáticas. E se não é isso o que queremos, precisamos contribuir para a ruptura desse processo, já que o país que queremos precisa estar coerente com o país que fazemos. O caminho não é simples e as respostas não são rápidas, mas pode ser um bom começo lamentar menos e agir com mais consciência, fazendo cada vez mais e melhor nossa parte.

    Faltam poucos meses para as próximas eleições. Eis aí, pertinho, uma boa oportunidade.

    *Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas, no Espaço Pessoa Bonita

  • O Valor da Confiança

    Data: 04/05/2014 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    Houve época em que os acordos dispensavam documentos e assinaturas, “a palavra de um homem estava no fio do seu bigode”, expressão representativa da confiança, o cerne da palavra dada. Tempo bom, suponho, pois não há nada mais tranquilizador do que contar com pessoas que sabemos ser confiáveis.

    O tempo passou e o bigode foi raleando. Anteontem pensei sobre isso quando ouvi alguém dizer que “o que é combinado não é caro”, outro ditado antigo e que me faz refletir… Se a cada dia prolifera em nossa cultura o descompromisso com a palavra, o preço do combinado deve estar pela hora da morte, de tão caro.

    Com essa inquietude assisti a um capítulo de Meu Pedacinho de Chão; novela da Rede Globo toda em clima de fábula. Uma produção primorosa, delicada obra de arte. Vale a pena assistir.

    Na trama o personagem Zelão se apaixona pela professora Juliana e decide declarar-se a ela. Por ser analfabeto pede ajuda ao amigo Rodapé, ditando-lhe cartas com as mais belas palavras. Rodapé finge que escreve desenhando rabiscos, pois também é analfabeto, que chegam às mãos da amada. Descoberta a farsa Zelão, envergonhado, vai à caça de Rodapé garantindo que irá matá-lo. Este pede ajuda à professora convencendo-a de que a única forma de aplacar a fúria de Zelão seria respondendo-lhe com uma carta que contivesse “nem que fosse um tiquinho assim de esperança”. Ao recebê-la Zelão, ansioso e aflito, procura por alguém da mais absoluta confiança, para que a leia em segredo.

    Cabe ao jovem Ferdinando, a pedido da professora, executar a tarefa. A cena é sutil e belíssima. O olhar e as mãos hesitantes de Zelão, ao passar o envelope para as mãos de Ferdinando, materializam o sentimento de entrega, pressuposto da confiança, revelando de forma emocionante e singela, o extremo valor do gesto.

    Envolvida pela cena, foi-se a minha inquietude naquela fração poética… O que seria de nós sem a misericórdia da poesia? É o que mais uma vez me pergunto, enquanto agora lhe escrevo.

    *Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas, no Espaço Pessoa Bonita

  • Cada um de nós é que sabe onde seus calos apertam.

    Data: 27/12/2013 | Categoria: Livre | Comentários: 2

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    Tenho um amigo extremamente engraçado que é médico e não por acaso se especializou em Dermatologia. Certa vez contou, rindo muito de si mesmo, que quando adolescente tinha o rosto coberto de espinhas (acnes); eram tantas que nas tardes de domingo se arrumava todinho, para ir a uma tradicional matinê dançante, e quando se mirava no espelho, desistia. Os pais investiam em todos os tratamentos possíveis, sem nenhum sucesso.

    Segundo ele, a parte mais desconcertante da fase, e isso ele imitava comicamente, era quando encontrava com alguma pessoa conhecida que, com cara de espanto, iniciava o bombardeio: Nossa! O que houve com a sua pele? Você já tentou o tratamento tal? Já procurou o profissional fulano de tal? Já usou a pomada… ?

    Diz ele que além de constrangedora, a situação despertava muita raiva, primeiro por rejeitarem sua aparência, e segundo por não considerarem a hipótese do esforço que fazia para resolver o que, naquela ocasião, representava o maior de todos os seus problemas: justamente a sua aparência.

    Sua raiva resultava de um modelo de atitude em que somos mestres. A de criticar sem sensibilidade, com pouco ou nenhum fundamento, sempre achando que temos a fórmula mágica para a análise e a solução de qualquer problema (dos outros, é claro).

    Por isso, estrategicamente, o valor que dou às opiniões alheias depende daquele que atribuo à pessoa que as emite, do quanto ela tem de embasamento naquilo que diz e o quanto tem de empatia – capacidade em se colocar no lugar da outra pessoa. Opiniões levianas e maledicentes? São fáceis demais de detectar… Desconsidero.

    Há muito aprendi que a vida é preciosa e curta demais para se gastar com o que ainda não vale a pena… Ou com quem ainda não aprendeu com as penas… Tanto faz! O fato é que, no caminhar da existência, quando se trata de pressões externas, antes de detonar a própria autoestima convém relativizar, pois cada um de nós é que sabe onde seus calos apertam.

    *Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas no Espaço Pessoa Bonita.

    FOTO do acervo de máscaras e bonecos produzidos pelo artista de Parati, cidade do RJ, Natalino de Jesus Silva – http://www.museus.gov.br/tag/paraty/

  • Espelho, espelho meu…

    Data: 30/09/2013 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    Espelho, espelho meu… Existe no mundo alguém mais bela do que eu?

    A pergunta famosa de um conhecido conto de fadas ultrapassa os limites da história. É que fora da ficção também não somos poupadas/os. O espelho insiste em responder que sim, apontando-nos como padrão de beleza nada mais nada menos que alguém assim como a Giselle Bundchent, seleta descendente da Branca de Neve, a mais linda do reino da fábula.

    Como contestar esse espelho? Talvez lembrando que no topo do nosso corpo existe um cérebro que nos permite uma compreensão realista, refinada, muito mais ampla e flexível da estética humana.

    Então se você é daquelas pessoas que se submetem incondicionalmente aos apelos desenfreados das múltiplas ofertas em padrões e tratamentos estéticos; daquelas que se curvam e se deprimem diante do sim implacável do espelho, talvez esteja na hora de colocar esse órgão nobre para funcionar, dimensionando através dele o seu conjunto de valores e percebendo que é possível não se tornar refém da tirania de um sistema tão perverso.

    Qualquer pessoa ou situação só tem sobre nós o poder que lhe concedemos, portanto, ao buscar um tratamento estético, leve junto sua inteligência. Modere suas escolhas, pondere!

    Os espelhos estão aí por toda parte, mas o olhar lhe pertence. Ao mirar-se diante deles, lembre-se de que da sua capacidade de avaliação depende sua autoestima.

    Será sempre sua a palavra final. Relativize, você merece!

    * Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas no Espaço Pessoa Bonita.

    Desenho: Internet

  • O que morreu no Chiclete com Banana?

    Data: 23/09/2013 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    CHICLETE COM BANANA é sinônimo de prosperidade e sucesso. Então o que fez Bell Marques, 61 anos, vocalista e figura central da banda, anunciar agora o seu desligamento? Disse que não estava se sentindo feliz, pois, percebia a desmotivação e a falta de entusiasmo do grupo, o que já vinha ocorrendo há anos. Não encontrava mais o terreno fértil que lhe permitia inovar. Para compensar a frustração transferiu o foco para a Oito7Nove4, banda dos filhos Rafael, 26 anos, e Filipe, 19, lançada em janeiro de 2011. De tudo o que disse, em diferentes depoimentos, uma frase chama a atenção: “Ainda não sei explicar o que é que estou sentindo agora… UMA SENSAÇÃO DE MORTE SEM NINGUÉM TER MORRIDO.

    A banda formada por ele, o irmão Wadinho Marques, e outros componentes, originou-se em 1979, de um grupo chamado Scorpius. Em 1980 passaram a tocar em um trio elétrico. No ano seguinte seu outro irmão, Wilson Silva, engenheiro de som, sugeriu mudanças na estrutura física do trio, pondo em prática uma ideia que os diferenciou dos demais. Com todo esse gás, de lá para cá, em mais de trinta anos, construíram uma carreira sólida. Eis aí o perigo!

    Sendo verdadeiro o que Bell Marques diz sobre a atual desmotivação e falta de entusiasmo do grupo, justifica-se sua sensação de morte. Não raro é o que também experimentamos, no decurso das nossas vidas.  No descuido, o passar dos anos decepa nossos horizontes, trazendo a morte dos sonhos, da esperança, da criatividade, da ousadia. Morremos sem nenhuma necessidade, mais vezes do que precisaríamos. Morremos quando nos acomodamos.

    Talvez a simples presença de Rafael e Filipe, envoltos na chama da juventude, tenha atiçado a inquietude do pai, Bell Marques.

    … E falando em inquietude, a propósito, como anda a sua?

    *Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas no Espaço Pessoa Bonita

  • Receita Médica: Amor

    Data: 07/09/2013 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    Aos 80 anos ela chegou ao consultório com um repertório de justificativas. Queria melhorar a pele, atenuar as rugas, mas a expressão do querer demandava desculpas, como se cuidar da própria aparência fosse, na sua idade, algo constrangedor, quase obsceno.

    Estava apaixonada por um rapaz, uns 50 anos mais moço, que lhe devolvera a vida, por isso a pressa em ficar mais bonita. Ele não sabia. Quando chegou ela estava seca, assim dizia; cheia de amargura e rancor pela morte trágica de um filho.

    E tudo o que desejava então, uma vez ressurgida, é que ele a abastecesse com a sua simples presença. Guardando a platônica paixão, com recato e tímido segredo, ela lhe retribuia esbanjando mimos.

    Na última consulta colocamos AMOR I LOVE YOU, de Marisa Monte e Carlinhos Brown, para que ouvisse. A letra, como que escrita pra ela, ressoou energética, perpassando os sentidos.

    Muito além do objeto do amor está o amor, por si mesmo. O título da música sugere ser o YOU um mero detonador, ou veículo. Observe a letra! Assim, no etéreo e atemporal, no templo dos sentimentos, verá que a distância entre os 80 e os 30 anos desfaz-se, feito magia.

    Encantadora sutileza que deveria constar em todas as receitas: o Amor. Que acalma, acolhe a alma, ajuda a viver… Deixando a pele viçosa e bem mais bonita. Sinta! http://www.vagalume.com.br/marisa-monte/amor-i-love-you.html

    *Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas no Espaço Pessoa Bonita.

    ula Oliveira

    Médica e tutora do projeto Pessoa Bon

  • EIS

    Data: 04/09/2013 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    A felicidade, percebida por Emiliana Casagrande

    EIS

    Há muito peguei estrada

    Atrás da felicidade

    Entro em todos os atalhos

    Perco-me em labirintos

    Sem medo da caminhada.

    Sentidos bem aguçados

    Imprimo em minha retina

    O olhar que está ao lado

    Ora um olhar todo santo

    Ora de puro  pecado.

    ( Na minha procura sigo

    Olhando todos e tudo

    Só não olho pro umbigo)

    E pelas minhas  narinas

    De um jeito meio vadio

    Entra  cheiro de incenso

    De alma, de carne, de cio.

    E dobram nos meus ouvidos

    Gargalhadas da esquina

    Ou o fogo dos gemidos

    Que se creem na surdina.

    (Seguindo assim pela rua

    Ouvindo a todos e tudo

    Minha busca continua)

    Busco mãos que entrelaço,

    Mãos de calos ou de seda

    Busco corpos que abraço

    Corpos fogo, corpos gelo

    Tecidos de pele e pelo.

    E saboreio o manjar

    Dos deuses e dos diabos

    E  engulo muitos sapos

    Com a pose de um nababo

    Não passo fome nem sede

    Aceito o oferecido.

    Só recuso sua rede:

    O caminho é comprido

    E nem deve acabar

    Pois agora estou bem certa

    Que a tal felicidade

    Está neste procurar.

    Emiliana Casagrande – Julho de 2002.

    E quem sabe um dia você visita sua pousada e se depara com ela, sensível, intensa, poeta, agilizando a vida e distribuindo versos. Aconteceu assim com o Gustavo, que em breve estará com a gente.

    http://www.casadapousada.com.br/

  • SOBRE O DIREITO E O DEVER DE PENSAR

    Data: 21/08/2013 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

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    Em um artigo publicado no jornal O Dia, Frei Beto aborda o tema “Abdicar de Pensar” inspirando-se no filme “Hannah Arent”, história de uma filósofa e judia alemã, nascida em 1906, que se refugiou do nazismo nos Estados Unidos e causou polêmica em 1961, ao definir Adolf Eichmann, homem que embarcou milhares de vítimas do nazismo em trens rumo à morte nos campos de concentração, não como um ser monstruoso, mas sim medíocre, pois cometeu tal atrocidade simplesmente por demitir-se do direito de pensar.

    Ao abrir mão desse direito, tornou-se incapaz de avaliar criticamente as ordens dos seus superiores; cumprindo-as sem questionar quais seriam as razões e trágicas consequências.

    O artigo incentiva reflexões e a ampliação do foco, a começar pela percepção de que mais do que um direito, pensar é um dever, por tratar-se do instrumento básico que nos caracteriza como humanos.

    Não pensar é um contrassenso, e não imprimir qualidade a esse pensar é, no mínimo, um desperdício.

    Abdicar dessa condição, talvez seja uma das principais ameaças do mundo contemporâneo, pois tira-nos do comando de nós mesmo, tornando-nos reféns das visões e das decisões alheias.

    Isso parece não ser algo distante de nós, como na história do filme, mas uma ameaça próxima que nos ronda e nos permeia, ininterruptamente. Que pode surgir de uma escolha, mas também de um descuido, e que transparece toda vez em que somos induzidos a agir e reagir mecanicamente, compulsivamente, impulsivamente… Ou não seria essa a condição que nos leva a  tão arriscados deslizes, como a alienação, por exemplo?

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    * Denizi de Paula Oliveira é médica, especialista em Cirurgia Plástica, pós-graduada em Psicologia Médica com aperfeiçoamento em Psicossomática, e em Filosofia. Mais de duas décadas de atuação em estética, resultaram na ampliação conceito: Pessoa Bonita – Estética do Ser, e em uma estratégia médico pedagógica para o desenvolvimento de pessoas e alcance de metas: Belas Conversas.

  • O Papa Minimalista

    Data: 24/07/2013 | Categoria: Livre | Comentários: 0

    Por *Denizi de Paula Oliveira

    Ser minimalista é se livrar do supérfluo e focar no essencial. Varia de uma pessoa para a outra, pois, o que é supérfluo ou essencial para mim pode não ser para você, e vice-versa.

    De qualquer modo não é um estilo que se adota em um piscar de olhos e nem tem qualquer conotação com o voto de pobreza.
    Uma pessoa pode ser rica e minimalista ou pobre e asfixiada por tralhas.

    Exige um nível elevado de autoconhecimento e uma apurada habilidade em fazer escolhas e tomar decisões que não sejam movidas por impulsos, nem influenciadas pelas imposições de outras pessoas ou da sociedade, ou seja, capacidade para escolher, decidir e agir com nossa própria consciência, sem as armadilhas do piloto automático.

    Quer dizer, enfim, fazer um esforço para se concentrar mais em qualidade de experiências e pessoas e menos em objetos desnecessários e acúmulos de bens. Um bom exemplo de estilo minimalista pareceu-nos o Papa Francisco. O que você acha?

    *Denizi de Paula Oliveira é médica, anfitriã e mentora do programa Belas Conversas no Espaço Pessoa Bonita.

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