-
Ivete Sangalo…
Por Denizi de Paula Oliveira
Circulando na semana passada por alguns canais de TV, me deparei com o Ronnie Von, na Gazeta, entrevistando Ivete Sangalo. Na introdução ele não economizou elogios: linda, talentosa, grande ser humano, admirável… Uma extensa lista de qualidades, na qual, cá entre nós, não vi nenhum exagero.
Aos 15 anos deparou-se com a morte do pai e, poucos meses depois, a de um irmão, vítima de acidente. Um sofrimento dilacerador, conclui. Com esse parâmetro tudo o que viesse a seguir seria menor e suportável, seria lucro. Tornou-se uma mulher forte e feliz, assim se define.
Absorvendo cada acontecimento como um fator oportunidade, extrai de cada etapa o máximo benefício que lhe seja possível, mas sem se deter em nenhuma delas. Transita embalada pela espontaneidade dos sentimentos, sem frescuras, sem deslumbramentos, fortalecida para os pequenos problemas que, segundo ela, são todos aqueles que têm solução. Para o resto não há remédio, e “o que não tem remédio remediado está”, dizia o pai.
Se você não assistiu à entrevista, sugiro que vá ao http://www.youtube.com/watch?v=wPhNnJI2hLk e assista; até por que ela imprime na gravidade da voz e nos trejeitos da face um algo mais intransferível, que enriquece o que diz.
E não é difícil entender do que fala. O que nos dilacera é aquilo que nos leva aos sombrios porões da vulnerabilidade humana. A forma como se dá esse confronto, e o que dele emerge, é peculiar, é ímpar. O que pode parecer simples para mim pode lhe dilacerar, e vice-versa. Como também é ímpar a forma como reagimos. Quem retorna desses porões admite não sobrar espaço para outro movimento que não seja a fluidez, a força e o crescimento… Optar por um estado FELIZ? Aí é outra história… Requinte de inteligência, pura sabedoria. Pessoa Bonita demais essa Ivete!
Grande abraço,
 |
 |