• O Grande Ditador

    Data: 16/04/2012 | Categoria: Sugestões | Tags:

    O Grande Ditador é um filme americano, lançado em outubro de 1940, onde, além de atuar como diretor, Charles Chaplin representa dois personagens com perfis antagônicos: o barbeiro e o ditador Adenoid Hynkel, ambos de uma nação fictícia denominada Tomânia.

    É o primeiro filme totalmente falado de Chaplin.

    A história tem início no contexto da Primeira Guerra Mundial e satiriza o nazismo, o fascismo, e seus principais propagadores, Hitler e Mussolini.

    Hynkel, perseguidor dos judeus, aspira à dominação mundial e é o grande ditador dessa nação. Inicia uma primeira invasão, crucial para que atinja seu propósito de domínio.

    Anos atrás o barbeiro, quando cadete do exército, após um acidente passa vinte anos internado em um hospital e com amnésia. Quando retorna à sua loja, no gueto judeu, e ainda sem memória, fica chocado com as mudanças ocorridas na nação durante todo esse tempo. Acaba sendo capturado e conduzido a um campo de concentração.

    Acontece que o barbeiro e o ditador Hynkel são muito parecidos (lembre-se de que ambos são representados por Chaplin). Ao tentar fugir do campo de concentração é confundido pelos guardas como sendo o ditador, e não desmente. Por sua vez, o ditador, já vitorioso em sua primeira invasão, é confundido, por seus próprios comandados, com o barbeiro fugido do campo de concentração, sendo preso.

    O barbeiro, então, agora assumindo a identidade do ditador, é levado para a capital da Tomânia onde irá proferir o discurso da vitória. Naquele momento, quando todos esperam um discurso impregnado de ideias anti-semitas, deparam-se com um discurso impregnado de ideias democráticas, falando de direitos humanos já no contexto da segunda guerra mundial.

    Relendo o belo discurso e atenta a outros perfis de “guerra”, incluindo a crescente violência, tanto urbana, quanto no campo, tenho a impressão de que o texto foi redigido ontem. É certo que aqui no Brasil estamos vivendo um período de prosperidade e euforia. Mas, prosperidade econômica, ampliação do conhecimento, ascensão social… Não são garantias de prosperidade humana. O texto estimula essa reflexão. Para encurtar, selecionei apenas um parágrafo.

        Leia!

    O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

    A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios.

    Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

    Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

    Se desejar conhecer mais vá ao http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Grande_Ditador .

    Tenha uma ótima semana!

        Grande e forte abraço,