• Empurradinha num cadeirante…

    Data: 31/01/2012 | Categoria: Sugestões | Tags:

    Vasculhando a internet me deparo, via blog da Mari (Arte com Estilo), com dicas sobre ”Como dar aquela empurradinha num cadeirante…” 

    O texto é do jornalista da Folha, Jairo Marques. Detalhe: ele é cadeirante, portanto, sabe muito bem o que diz… Impossível não rir do jeito brincalhão que apresenta. Dê um tempo, leia e se divirta!qq

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    * A primeira dica e mais importante é a seguinte: nunca vá empurrando o cadeirante que nem um carrinho de compras, sem dizer a ele que você vai ajudá-lo. Por melhor que seja a sua intenção, é uma sensação muito ruim quando alguém que a gente não conhece vai dizendo assim: “Deixa que eu te ‘empurro’! Descansa o braço. Tira a mão daí”.

    Imagine alguém que você nunca viu na vida chegar e ir te pegando. A cadeira faz parte, de certa maneira, do corpo do cadeirante. Muitos têm tanta habilidade e preparo físico e raramente precisam de ajuda. Mas há casos que uma “mãozinha” vai muito bem! O melhor a fazer, se você quer ajudar, é perguntar: “Você precisa que eu te empurre?”

    E caso a ajuda for dispensada, pelamor, não sai dizendo por ai que deficiente é tudo revoltado  . Não tem nada a ver. É que, às vezes, a gente gosta de se virar sozinho, mesmo.

    * A coisa mais chaaaata do mundo pra um cadeirante é quando o seu “condutor” diz assim: “Vamu dá uma corridinha. Segura ai Ayrton Senna do Brasil sil sil”. É de lascar . Muitos deficientes que usam cadeira de rodas têm problemas de equilíbrio e movimentos muito bruscos deixam a gente em pânico!

    * Caso você for dar aquela carona para o cadeirante e estiver em grupo, evite ser o “the flash” e sair correndo. Num sei qual a razão, mas quem está levando o cadeirante anda sempre à frente de todo mundo, mais rápido que todo mundo. Desse jeito, papo entre amigos durante o percurso é impossível!

     

     

    * A gente vive num país onde calçada boa é que nem nota de R$ 100 na minha carteira, uma fantasia . Tente desviar dos buracos, dos desníveis quando tiver levando a cadeira. As rodinhas dianteiras se prendem com facilidade em terrenos acidentados.

    O cadeirante, pode ter certeza, presta muita atenção no caminho (porque é ele quem meterá a cara no chão se cair, né?), então, vá  seguindo o direcionamento que ele der nas rodas.

    * Em terrenos muito acidentados, calçadas sem nenhum padrão ou mesmo de paralelepípedos, aquelas que transformam nosso “célebro” em milk shake de tanto “balangar” , o ideal é que o condutor empine a cadeira um pouco para trás, andando somente com as rodas traseiras. Vocês não sabem o alívio que dá!

     

     

    * Para descer uma guia sem rampa com um cadeirante ou seja, a maioria das guias, né, não? Há duas maneiras: Para os iniciantes, o melhor é descer a cadeira de marcha a ré. Para quem já é craque, basta empinar a cadeira e descer com as duas rodas traseiras. Para subir a guia, erga as rodinhas da frente, coloque sobre a calçada e, em seguida, empurre, pronto, subiu!

    * Em manobras curtas, como parar em baixo de uma mesa, encostar na porta do carro, deixe o cadeirante se virar sozinho. É broca quando a pessoa vai empurrando a gente e batendo em tudo que é lado . Nesses casos, o melhor mesmo é deixar que a gente se acomode.

    * Quando foi subir uma rampa, evite dar impulsos muito fortes para dar aquele “embalo”. O melhor é andar num ritmo normal, mesmo. A chance de evitar um acidente é maior. Também não reclame com o cadeirante por ele ajudar no embalo tocando a cadeira ao mesmo tempo em que você empurra. É bom para os dois! 

     

     

    * Se você ajudar o cadeirante em apenas um trecho. Duas quadras de uma rua, por exemplo, avise a ele o trajeto da “carona”. Não abandone a cadeira sem dizer nada, “nóis” é tudo carente e pega sentimento rápido .

    * Como todo mundo é “serumano”, é natural que em um descuido a rodinha dianteira da cadeira de rodas se prenda em algum obstáculo da calçada e o bicho pega. A tendência é que o corpo do cadeirante, em geral bem mamulengo pela falta de equilíbrio, se mova para a frente com destino ao chão.

     

     

    Nesse momento, seu reflexo será fundamental para evitar um galo na nossa cabeça! Leve o braço pra frente do corpo do cadeirante e puxe o “matrixiano” para trás. Se tudo der certo, terá sido um susto!

     Gostou e quer conhecer mais o trabalho dele?

    Visite o http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/arch2008-09-28_2008-10-04.html

    Essa é minha dica.

        Abraços,