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O Photoshop da Razão é o Encanto
É cabível uma versão moderna de “quem ama o feio, bonito lhe parece”.
Foi assim que, num momento de desencanto, pensei ser o encanto, o photoshop da razão.
Encantados tudo se ajusta, faz sentido, se equilibra; as imperfeições desvanecem.
Quando quebrado o encanto, como que por encanto, moldados na realidade, nos ditames da razão, os defeitos aparecem.
E isso, às vezes, de modo tão contundente, que assusta, atordoa. Tangencia o insuportável. Obriga-nos um lenitivo.
Percorro imagens, folheio livros, silencio… Até que o rastro do encanto, de novo chegue e adentre.
Tem dia que torço a que chegue… Meia noite… Como que por encanto, amanhã, que já é quase, sempre será outro dia… Que venha!