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Acessibilidade… Buscando o Ponto.
Há muitos anos fiquei surpresa com a significativa quantidade de deficientes fÃsicos nas ruas da Alemanha. A qualificada infraestrutura dos ambientes públicos lhes permitia circular livremente e confortavelmente, sem o menor confronto com obstáculos.
Naquele contexto, até então não havia refletido sobre a forçada invisibilidade dos nossos deficientes. Acessibilidade… Traçando um paralelo com o Brasil, era esse o fator que nos diferenciava.
Naquela época parecia estarmos longe de ocupar, internacionalmente, o status privilegiado que hoje ocupamos. Porém, nesse fator, de lá para cá nada mudou; merecendo ressalva a crescente e agravante proliferação de automóveis disputando espaços nas ruas.
Sob o pretexto de ampliar e manter empregos, somos um paÃs que desenfreadamente, incentiva a produção automobilÃstica e o consumo. CompreensÃvel, se nossos carros voassem, mas como precisam de estradas é de se estranhar seu estado. Deplorável.
Pior que elas, só mesmo as calçadas, denunciando o total descaso com os andantes, quanto mais com os cadeirantes, ou qualquer tipo de deficiente. Não há padronização; não há fiscalização. Cada um faz dela, ou põe nela, aquilo que bem entende.
Anteontem o Jornal Nacional exibiu matéria sobre o assunto… Vergonhosa a constatação, salvo poucas exceções. Lamentável destaque, no Ãndice de precariedade, para alguns Estados, como o Rio de Janeiro.
Status privilegiado? É sensato não deslumbrar com o ranking.
Para merecer tal destaque não basta fortalecer a economia e incentivar, irracionalmente, o consumo. É preciso, paralelamente, investir em tudo aquilo que nos remeta ao patamar da civilidade. Qualificação humana. Talvez seja esse o ponto.
   Aproveite o feriadão! Tenha um ótimo final de semana!
   Grande abraço,