• Ainda, Steve Jobs…

    Data: 07/10/2011 | Categoria: Livre | Tags:

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    Como falamos, em 26 de agosto, Steve Jobs deixou o posto de presidente executivo da Apple, para convergir toda a sua energia e inteligência a um câncer de pâncreas que chegou, em 2004, para desafiá-lo.

    Como você já sabe; anteontem ele morreu.

    Vamos relembrar frases do seu discurso, em 2005, ao grupo de formandos na Universidade de Stanford!

    Você não pode conectar os pontos olhando para frente; só pode fazê-lo olhando para trás. Então, precisa confiar que os pontos irão se conectar no futuro. Você precisa confiar em algo – sua coragem, destino, vida, karma, qualquer coisa. Esse pensamento nunca me desapontou e fez a diferença na minha vida.”

    Lembrar que posso estar morto em breve foi a ferramenta mais importante que encontrei para fazer grandes escolhas na vida. Porque quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, medo de falhar ou de passar vergonha – tudo isso vai embora na hora da morte, deixando somente o que é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor forma para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há motivos para não seguir o seu coração.”

    Ninguém quer morrer. Mesmo quem acredita em paraíso não quer morrer para ir para lá. E, ainda assim, a morte é o destino de todos. Ninguém pode escapar disso. E é como deve ser, porque a morte é a melhor invenção da vida. É um fator que muda a nossa vida. Limpa o velho e dá lugar ao novo. Agora mesmo, você é o novo, mas algum dia, não muito longe, você se tornará o velho e irá embora. Desculpe ser tão dramático, mas é verdade.”

    Seu tempo é limitado, então não o perca vivendo a vida dos outros. Não fique preso a um dogma – viver sob as expectativas dos outros. Não deixe as opiniões dos outros diminuírem a sua voz. E o mais importante, tenha coragem de seguir o seu coração e a sua intuição. De alguma forma, eles já sabem o que você quer se tornar. Todo o resto é secundário.”

     

    Na avalanche de noticiários, chamou-me a atenção a ênfase dada ao que denominaram ”sua batalha contra a doença”. Vista nesse contexto, num golpe fatal ela triunfa através da morte, expondo-o como perdedor.

    Houve um equívoco; não me parece ser isso o que nos sugere o discurso. Habituados que estamos, a correlacionar o adoecer a castigo, declínio, ou fraqueza, tal ênfase faz sentido para as pessoas comuns; não para Steve Jobs.

    Ele não foi apenas um gênio no mundo dos negócios e da tecnologia… Foi muito além; fez-se gênio na vida. Nessa condição, sabia, desde o início, que sua melhor estratégia jamais seria a batalha. Diante da iminência da morte, entre o embate e a oportunidade, escolheu a segunda. Com a doença fez parceria, intensificando a criatividade e a produção, sem priorizar o foco que configuraria o desfecho.

    “Você não pode conectar os pontos olhando para frente; só pode fazê-lo olhando para trás. Então, precisa confiar que os pontos irão se conectar no futuro”.

    Hoje é o futuro, e os pontos conectaram. Sua intuição não falhou. Mais uma vez, vencedor, com sua genialidade conquistou o prêmio maior… A SABEDORIA.

    Em meio a iPhones, iMacs, iPods,… Deixou-nos esse legado… Longe dos noticiários… Escrito nas entrelinhas.

         Aproveitemos!

        Grande e forte abraço,