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Capitão na Vida ou na Seleção Brasileira?
Em tempo de copa do mundo me chamou à atenção a matéria recente do Jornal Nacional (rede Globo-dia 08), intitulada “liderança também se faz com generosidade”. Falava de um gesto do jogador Gilberto Silva. Por um tempo ele ocupou o lugar do Lúcio, até então capitão da seleção brasileira, que precisou se ausentar temporariamente. Tudo indicava que Gilberto Silva continuaria com a braçadeira de capitão, mas ele a devolveu ao técnico Dunga para que fosse novamente entregue ao Lúcio, quando retornasse. Seu gesto gerou um espanto:
- Como desperdiçar a oportunidade de ser capitão da seleção brasileira?
Ele respondeu com um argumento ainda mais espantoso:
- A atitude de ser leal com um companheiro tem muito mais importância que um desejo pessoal.
Para ele, me parece, a verdadeira braçadeira de capitão não seria aquela que o destacaria nos campos de futebol, sendo observada por multidões em todas as partes do mundo; mas uma invisível, que ele assume no cotidiano, dentro do reservado campo ético da sua consciência. Faz-se natural o espanto, afinal, convenhamos, numa época em que tanto se reverencia o status, o poder e o glamour, é muito mais difícil manter-se capitão na vida do que na seleção brasileira.
O que você acha?
Muita alegria e uma entusiasmada torcida pra você.
Abraços,
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